segunda-feira, 29 de maio de 2017

EAD para o ensino fundamental seria tentativa de acabar com a "subversiva" relação professor e aluno?


O universo dos educadores foi pego de surpresa com a edição de decreto, pelo MEC, na última sexta-feira dia 26/05, que estendia o ensino à distância para alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental. 

Pela contrariedade que criou, o MEC anunciou que deverá voltar atrás e revogar este dispositivo do documento. Contudo, fica patente que esta é uma intenção quanto ao futuro da educação fundamental no país.

Estamos vivendo um momento de inversão de valores. Vamos na contracorrente da história da educação. Desde a antiguidade clássica a relação entre mestres e alunos foi festejada e entendida como um dos pilares da evolução individual e social.

No Brasil atual, há um guerra contra a docência. A "escola sem partido" e seus vereadores tentando implantar o "fiscal de sala de aula". Tentam limitar a liberdade de cátedra dos professores. Discursos de autoridades religiosas jogando os familiares dos alunos contra professores. Tentam estabelecer um leque de temas que seria proibido ao professor trabalhar com os alunos, que seriam estritamente trabalhados pela família.

Creio que estabelecer ensino à distância, para o fundamental II, seria uma cereja deste bolo. Pois é evidente as limitações impostas pelas condições do sistema de ead. O professor fica engessado pela falta de contato e pelo modelo que fica adstrito ao que é proposto pela plataforma digital e apostila.

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