domingo, 15 de julho de 2012

Manifesto em Defesa da FAHUPE


  No dia 27 de junho de 2012,num programa chamado “THE TRUE OUTSPEAK”, que é apresentado no Youtube no seu canal MSM (mídia sem máscara), o filósofo Olavo de Carvalho fez um duro ataque a nossa querida Fahupe.
  Para quem não conhece, Fahupe era a abreviação para a Faculdade de Humanidades Pedro II, uma faculdade que funcionou de 1969 até 1998 no colégio Pedro II de São Cristovão e foi responsável pela formação de vários professores!
Segundo o filósofo Olavo de Carvalho o diploma da Fahupe deveria ser escondido, não deveria ser usado ou mostrado para ninguém já que “diplomas como esse pode ser conseguido em qualquer esquina e podem ser produzidos em fábricas de diploma”. Além disso ele alega que a faculdade foi fechada e descredenciada pelo Mec.
Esse ataque causou uma grande indignação não só a mim, como a tantos colegas que estudaram na Fahupe e possuem um diploma da mesma. Só que ao contrário de ter vergonha desse diploma, temos muito orgulho dele porque não foi comprado ou fabricado em qualquer esquina como alega o filósofo. O nosso diploma foi conquistado em quatro anos de muito estudo numa instituição séria, autorizada pelo Mec, que nos anos em que funcionou formou muitos professores e psicólogos, já que havia também o curso de psicologia nela.
A Faculdade de Humanidades Pedro II foi fundada pelo professor Vandick  Londres da Nóbrega, que era professor de Latim e diretor do Colégio Pedro II, através do Decreto n. 65.763 de 20 de dezembro de 1969. O reconhecimento dos cursos de História, Letras, Psicologia, Matemática, Química, Física e Biologia se deu em 10 de maio de 1974, mediante o Decreto n. 74.039 de 1974.   A faculdade, que no início era mantida pelo colégio Pedro II, não pode mais ter o salário dos professores e funcionários vinculados ao CPII com o advento do Decreto-lei n. 1.360/74, inviabilizando sua manutenção pelo Colégio. Em 03 de março de 1975 foi criada a SEPE - Sociedade Educadora Pedro II, com o intuito de assumir a manutenção da FAHUPE.  Em 15 de junho de 1989 foi criada a Cooperativa Educacional dos docentes da Faculdade de Humanidades Pedro II – COOPFAHUPE.
Por esses fatos já se pode perceber que a Fahupe não era uma fábrica de diplomas ou que o seu diploma não era comprado!
Em 1998 a Fahupe sofreu uma intervenção do MEC por conta de denúncias de desvio de verbas federais. Essa intervenção levou ao descredenciamento da mesma e por conseguinte ao seu total fechamento.
Sim, a Fahupe foi descredenciada e fechada em 1998, só que isso ocorreu devido supostos desvios de verbas federais que infelizmente ocorreram por uma má administração e não teve nada a ver com a sua qualidade pedagógica!
Eu estudei na Fahupe de 1991 até 1994 no curso de Letras Português- Inglês. Tive professores excelentes, estudei muito, fiz muita pesquisa, fiz muita prova, fiz muito estágio, enfim, não comprei o meu diploma! Eu trabalhei muito duro para conquistá-lo!
E  esse mesmo diploma me abriu muitas  portas! Passei em todos os concursos que eu participei, concursos relacionados à minha área.  Possuo duas matrículas públicas, conquistadas também! E nunca tive problema nenhum na hora de provar a minha formação!
Por isso me senti ofendida pelas declarações do filósofo! Postei esse vídeo num site de relacionamento e recebi várias respostas de ex-alunos da Fahupe que assim como eu, também ficaram indignados pela declaração do mesmo!
E essa  minha indignação me levou a escrever esse texto! Precisava defender a Fahupe, uma instituição que formou muitos profissionais sérios e competentes! Pessoas que suaram muito, que deram muito duro, que hoje exercem a sua profissão de forma digna e não podem ser comparados a pessoas que compram diplomas!
Foi apenas um desabafo!

                                                                           Ana Lúcia Tavares Alves

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Abaixo, o vídeo onde Olavo de Carvalho ofende toda a coletividade de profissionais graduados na FAHUPE.
O vídeo possui 49 minutos, mas a ofensa está no intervalo entre os 15 e 17 minutos de gravação.




sexta-feira, 13 de julho de 2012

O NEGAPOSITIVO DE INNÓ LUIZ

                          (Múltiplo Marilyn X - Arte digital em papel fotográfico)


Innó é o nome artístico do artista plástico pernambucano, natural de Serra Talhada, Luíz Inocêncio Lima Filho.

Cursou engenharia Elétrica e Administração na Universidade Federal de Pernambuco, porém quando foi trabalhar numa oficina com pistola para pintura de automóveis que aflorou e resgatou o dom artístico que já se manifestava desde a infância.

Atualmente, Innó já alcançou notoriedade no campo das artes visuais ganhando uma série de prêmios e com exposições em todo o país. Desenvolve diferentes processos criativos fazendo uso da fotografia e de técnicas da pintura industrial artística na construção ou desconstrução da imagem. Além do uso da fotografia ao qual se dedica desde a adolescência.

Agora, Innó promove a Exposição Negapositivo no Rio de Janeiro. Nesta, usa a interatividade do negativo e o positivo fotográfico, por variados meios e processos de construção, desconstruão e transformação da imagem em arte, com ênfase na pintura foto-aerográfica, arte digital, fotografia, videoarte, objeto, instalação e novas tecnologias. 

Com tais técnicas consegue efeitos visuais surpreendentes e de notável valor estético.

Vale a pena visitar a Exposição Negapositivo:

Centro de Arte Maria Teresa Vieira
Rua da Carioca, 85 - Centro, Rio de Janeiro
De 13 de julho a 09 de agosto de 2012
Terça a quinta das 13 às 20h.
Sexta e sábado das 12 às 16h.

Mais sobre o trabalho do artista no link:
http://www.inno.art.br/ 

terça-feira, 10 de julho de 2012

O MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO DE 1932






"Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação. Nem mesmo os de caráter econômico lhe podem disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional. Pois, se a evolução orgânica do sistema cultural de um país depende de suas condições econômicas, é impossível desenvolver as forças econômicas ou de produção, sem o preparo intensivo das forças culturais e o desenvolvimento das aptidões à invenção e à iniciativa que são os fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade."

Assim iniciava o Manifesto dos Pioneiros da Educação ocorrido no Brasil em 1932.

O manifesto dos pioneiros da escola nova foi um movimento ocorrido na esteira dos acontecimentos da revolução de 30. Quando vários  intelectuais brasileiros se uniram para redigir o documento que pretendia realizar uma revolução não política, mas cultural.

Grandes nomes como Roquete Pinto, Cecília Meirelles e Anísio Teixeira participaram e foram signatários deste documento que trazia em linhas gerais a proposta de uma escola de qualidade, gratuita, universal, laica e obrigatória a ser fornecida pelo Estado. Tais diretrizes sofriam forte oposição da Igreja Católica que na época quase que monopolizava o ensino particular no país.

Tantos anos se passaram e este documento ainda se mantém atualíssimo para a análise do contexto educacional de nossos dias. A igreja não é mais a única a explorar a educação privada, algumas famílias se apoderaram de uma fatia desse mercado sendo chamados de "tubarões do ensino" e agora instituições estrangeiras tentam abocanhar outra fatia no ensino médio e superior.

Contudo, o acesso ao ensino de qualidade continua algo limitado às elites. A escola pública continua desorganizada, com pouco investimento no âmbito físico e péssimo inivestimento humano na figura do professor.  

Se quisermos que o país venha a ser realmente de primeiro mundo somente o será pelo caminho da revolução cultural e educacional. Só fatores econômicos não dão sustentabilidade para uma nação desenvolvida.

Neste sentido, que se faz necessário um grande clamor nacional em prol da educação. E uma das formas de luta é pressionar o congresso para que aprove a alocação de 10% do PIB para o desenvolvimento de políticas de educação.

Divulguemos essa luta pela internet nas redes sociais !!!

Abaixo o texto integral do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932:

http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf


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