quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Qual a segunda graduação mais desejada pelos historiadores ?


Anteriormente, o aluno se formava na graduação e tinha direto grandes possibilidades no mercado de trabalho. Depois, começou a se exigir crescentemente que o profissional fosse pesquisador. Além da graduação seu currículo teria que ganhar peso com mestrado e doutorado. Agora, o mercado começa a sinalizar, também, com a realização de uma segunda graduação.

Então, fazemos as perguntas direcionadas aos alunos do curso de História:

Você gostaria de realizar uma segunda graduação ?
Qual outra graduação gostaria de tirar ?
Numa segunda graduação sua preferência de estudo seria na modalidade presencial ou EAD ?


Procura-se humor inteligente.





Atualmente a TV brasileira é um deserto em relação ao humor. E a televisão fechada, a cabo, não está diferente. Quem quiser rir terá que sintonizar o programa do Chaves, que é muitas vezes mais bem elaborado que os humorísticos nacionais.

Cresci num período, décadas de 70 e 80, quando vivíamos um momento áureo em relação ao humor, apesar de toda a repressão política imposta pelo regime ditatorial militar. Programas como "Balança mas não cai", "Planeta do homens", "Chico city" e "Viva o gordo" traziam uma plêiade de grandes atores que realizavam um humor inteligente e sofisticado. 

Aliás, para ser um humorista era necessário ser ator, um grande ator. Não bastava ser um garoto extrovertido e disposto a falar calão e todo tipo de constrangimentos diante de uma câmera. Paulo Gracindo e Brandão Filho protagonizavam um quadro (primo rico e primo pobre) que pode ser apresentado como o maior ícone daquele período da história do nosso humor. Certamente, Chico Anysio o artista com maior número de tipos aplaudidos por todas as faixas da população, seguido pelos não menos talentosos Jô soares e Agildo Ribeiro. Estes são apenas alguns dos muitos humoristas que poderíamos citar.

 Naquele tempo, os chamados "enlatados americanos" eram a sobra do resto dos programas de humor. Quando não havia nenhuma opção nacional o sujeito olhava os programas americanos. Hoje, a lógica inverteu. Não que os "enlatados" tenham melhorado muita coisa, pois continuam ruins. Porém, conseguem ser bem melhores que nossos programas.

Agora, o humorista não precisa ser ator. O perfil da maioria dos que trabalham nos modernos programas são de jovens "mauricinhos" que mais parecem saídos do elenco de "Malhação". Qualquer garoto extrovertido disposto a falar palavrões, constrangimentos, enfim, ser politicamente incorreto, se transforma em "grande humorista".

É um tempo de muitas crises. Crise hídrica, crise no futebol, crise na dramaturgia, crise no humor. 
Inclusive, a maior delas, a crise acadêmica.


domingo, 1 de fevereiro de 2015

Samba e psiquiatria






Já faz alguns anos que o Bloco carnavalesco "Tá pirando, pirado, pirou", formado por pacientes e funcionários do hospital psiquiátrico Dr. Philippe Pinel, na Urca, vem contribuindo para alegrar o carnaval de rua dos bairros da Urca e de Botafogo.

É mais um belo exemplo de que é integrando as pessoas que se consegue os melhores resultados. Em psiquiatria, vale dizer que o antigo método de se isolar o paciente em instituições, como os manicômios, não conseguia o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente. Ao contrário, a segregação provoca danos maiores e irreversíveis.

É na integração obtida pelo convívio social que o ser humano encontra sua plenitude e desenvolvimento.

Desta forma, nada mais auspicioso do que integrar os pacientes psiquiátricos à nossa maior festa popular. E não apenas como observadores, mas como protagonistas. 

Este ano, por exemplo, já lançaram o melhor samba disparado de todos os blocos que andam por aí. O refrão diz mais ou menos assim:

Tô tô tô
Tô no hospício
Tô melhorando
mas é muito sacrifício

Tô tô tô
Tô no hospício
Se me tirar
vou perder o benefício.
  
Provando definitivamente que nosso carnaval vai ser uma loucura !!!