Durante os festejos da independência americana do 4 de julho, pesquisa mostrou que quase 25% da população norte-americana desconhece o ano e, principalmente, de qual outro país que os EUA se tornou independente, segundo matéria veiculada pelo jornal "El Pais".
Destes 25%, a maioria acredita que a independência americana se deu em relação à França, ao México ou à Alemanha. E ainda teve respostas que disseram Afeganistão, Brasil, Canadá, China, Colômbia, Dinamarca, Itália, Japão, Panamá e Rússia. Não é à toa que a indústria do desenho animado entronizou o personagem Homer Simpson como o estereótipo do homem médio americano.
A mesma pesquisa ainda revela que este fenômeno desaparece entre a população universitária, que não comete esses erros históricos.
Neste caso, não podemos nos esquecer que a política educacional americana privilegia a formação técnica para a maioria da população. Nos EUA a maior parte da população não é direcionada ao ensino universitário, mas às escolas técnicas que formam mão-de-obra qualificada para atender às necessidades do parque industrial.
Ao contrário, na Europa há uma preocupação maior com a formação cultural da população, mas sem se descuidar da formação e inserção do trabalhador nos campos tecnológico e industrial.
O Brasil, por outro lado, tem um déficit educacional e cultural que vem desde sua colonização. Nos últimos 15 anos houve um incremento e expansão do ensino universitário. Várias universidades públicas expandiram seus campi para o interior dos estados e programas de incentivo e crédito foram criados para permitir que maiores contingentes populacionais tivessem acesso à experiência e formação universitária.
Agora, o atual governo vai no sentido contrário. Temos visto a precarização da universidade pública e a tendência em se priorizar o ensino técnico. A questão cultural fica ainda mais dramática com a retirada da história e da geografia da grade obrigatória do ensino médio.
É necessário encontrar um meio-termo!
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