Em um curto período de tempo ocorreram tantas mudanças drásticas no país que mais parece que sofremos a invasão militar de uma potência estrangeira. Às vezes tenho a sensação de que helicópteros, tanques, soldados e tudo que faz parte de uma grande operação de invasão militar está à nossa volta de forma invisível. Não os vemos mas o resultado prático é o mesmo.
O primeiro fato que causa estranhamento foi em 2015, no âmbito da operação lava-jato, a prisão do Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, sentenciado a cumprir 45 anos de prisão. O Almirante Othon é o grande cientista militar brasileiro à frente de nosso projeto nuclear. A ele se deve o fato do Brasil possuir o mais moderno processo de enriquecimento de urânio do mundo. Sendo responsável por inúmeros outros projetos de ponta, como a construção do submarino atômico.
(Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva)
O Brasil não costuma dar reconhecimento aos seus grandes cérebros, mas podemos dizer que o Almirante Othon está para o Brasil como Wernher Von Braun esteve para a NASA. A prisão de um dos nossos maiores gênios científicos das forças armadas tem sido tema dos discursos de alguns parlamentares.
O deputado federal Wadih Damous disse as seguintes palavras:
"Estamos falando de um cientista, um físico nuclear como poucos no mundo.
A quem interessa ter esse homem preso? Independente dos erros que ele
tenha ou não cometido, a contribuição que ele deu e pode dar ao país é
muito maior que isso. Ele estava trabalhando em um projeto científico, de tubos geradores,
capaz de produzir eletricidade com queda d’água de apenas um metro de
altura. Isso seria capaz de levar energia para milhares de brasileiros"
Posteriormente, uma cadeia de fatos ininterruptos têm levado o país à completa desmobilização econômica e do estado de bem estar social.
Tivemos um governo federal legitimado pelas urnas deposto por meras "pedaladas fiscais". A nossa maior e mais forte empresa, a Petrobrás, foi completamente atacada e teve suas operações mundialmente reduzidas. O mesmo ocorreu com as nossas principais empresas privadas que conseguiam competir no mercado mundial.
Continuou com a desintegração do sistema público de educação superior. Depois de vários anos em que novas universidades foram criadas e os campi levados para além das capitais, agora o que temos é um processo de destruição das universidades públicas.
Projetos de lei estão sendo discutidos para permitir que estrangeiros comprem grandes áreas de terras em território nacional. E, por outro lado, importantes bases militares, como a de Alcântara, estão em vias de serem entregues para uso de potência estrangeira. Ainda lembramos da abertura para que exércitos estrangeiros estabeleçam bases na Amazônia brasileira.
A cereja no bolo é a quase escravização do povo brasileiro. Reformas que nos levam ao passado de exploração máxima do trabalhador. Com as mudanças previdenciárias o brasileiro vai ter que trabalhar até o esgotamento e, sob as reformas trabalhistas, com condições de proteção muito precárias. Tudo em nome de transformar o país num grande celeiro de mão de obra barata para a exploração internacional.
As nossas instituições não parecem operar segundo os interesses nacionais.
Não há tanques nem mariners armados com fuzis e metralhadoras pelas ruas, mas o resultado é semelhante ao de uma invasão militar!
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