Os órgãos de segurança continuam sendo fontes de péssimos exemplos pelo país a fora. Salvaguardando um bom número de policiais que atuam de forma digna e consciente. Contudo, mesmo os bons policiais acabam sendo tragados pela péssima reputação que essas corporações vêm granjeando nos mais variados núcleos sociais.
As imagens de policiais que agem sadicamente contra a população, como este fato ocorrido com um estudante em Goiânia, que sofreu traumatismo craniano e está entre a vida e a morte numa UTI, vem se repetindo frequentemente.
Não sei o que acontece no exame psicotécnico desses concursos, mas pessoas como este da foto jamais poderia usar um uniforme de policial. É caso de psicopatia notória. Esse tipo de gente não pode receber licença para andar armada nas ruas.
Este caso está causando repercussão pelo fato da vítima ser um estudante provavelmente de classe média. Mas esse tipo de atitude é comum nas periferias todos os dias, não apenas em dia de manifestação e greve.
Quando se diz que o povo pobre, das favelas, não aparece nas manifestações tem muito da forma como são tratados diariamente nas comunidades. A perseguição pela força tira dessas comunidades as ruas da cidade como local de pertencimento para a manifestação política.
E nossa sociedade vem se especializando em colocar pobre oprimindo pobre. O policial e sua família, em regra, vem de comunidades pobres. Quando o policial arrebenta o cassetete no professor que luta por melhores condições na escola pública, está defendendo que seu filho continue com um péssimo ambiente de estudo escolar. No futuro, o filho do policial não terá condições de competir no mercado e continuará na periferia, como vítima ou algoz desse sistema que se perpetua.
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