Causos da Fahupe: O Namoro na TV e o Beijo de Cinema.
Noutro dia estava no youtube e me foi indicado um vídeo do antigo programa "Namoro na TV", apresentado pelo Sílvio Santos. Resolvi clicar e relembrar o programa que quase não assistia na época (anos 80). Eu não gostava desses programas de auditório.
Então, entrou no palco o Osvaldo. Era um sujeito até bem apresentado. Tinha trabalho fixo e automóvel. Isso era importante para as pretendentes saberem que estavam diante de um candidato sério. Depois da apresentação, o Sílvio Santos perguntou a cada uma das participantes se desejavam conhecê-lo e namorar com ele. Todas disseram em uníssono que não tinham interesse. Na semana seguinte, surge de novo o Osvaldo no palco. Agora, ele é que tinha que dizer se queria ou não namorar com cada uma das moças participantes. Ele não quis namorar com nenhuma das presentes e disse que ficaria aguardando as cartas enviadas.
Aí fiquei pensando o porquê das pessoas irem a um programa chamado "namoro na tv" e ninguém estar afim de conhecer ninguem ! Pode ser coisa do tempo. As pessoas nos anos 80 eram bem menos soltas que os jovens atuais. Atualmente ningém pergunta se o outo quer nada e já sai beijando. Naquela época muita gente ainda era travado!
E aí lembrei que eu tb era um tremendo roda presa nessas questões.
Quando iniciei o curso de Biologia (na fahupe) eu encontrei a garota. Reparem que eu não disse que encontrei "uma" garota. Eu disse mesmo "a" garota. Ela era inteligente, linda, simpática, extrovertida, e todas as outras qualidades que uma vista apaixonada pode enxergar. Depois que a conheci, ela passou a ser o principal motivo que me fazia estar lá. Professores, aulas, laboratórios, provas e tudo mais eram meros acessórios.
Só que esbarrei no problema do primeiro beijo. Sonhava com o beijo, mas era uma dificuldade de sair na prática. Fomos passear no Jardim Botânico. Local ideal para um primeiro beijo. Fiquei conversando e conversando e nada. Estava mesmo dando uma de Osvaldo que preferiu esperar as cartas. Até que ela virou e disse que me beijaria se comesse um iogurte que ela trazia na mochila. ela deu a deixa perfeita. Eu abri o frasco quente do sol, comi e fiz uma cara de Jaquin quando o prato do candidato ao master chef está mais para o pé sujo da esquina. Daí ela disse que com aquela cara não valia e o beijo não aconteceu.
Eu era um grande tolo. Aquela era a hora do beijo. Eu queria, creio que ela queria e até o iogurte queria. Eu devia ter comido e feito uma simpática cara de Paolla Carosella ao parabenizar o ragu de ossobuco do concorrente número 2 !!!
O beijo acabou acontecendo. Não naquele dia e nem no Jardim botânico. Aconteceu no cinema. Quando fomos ver Ghost, do outro lado da vida. Também, se não acontecesse no meio de um dos filmes mais românticos de todos os tempos, creio que jamais a teria beijado.
Moral da estória: quando o bau da felicidade bater à sua porta, não fique parado como tonto !!!!
Que linda essa história!!! Maravilhosa!!! É uma mulher muito feliz de ter sido amada por todo esse tempo. Tenho certeza que estão é vão permanecer juntos nessa é nas próximas encarnações!!!
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