sábado, 26 de março de 2022

A LISTA

 


** A lista**
Autoria: Adriana Pereira.
Desde sei lá quando, a humanidade tem mania de listar coisas. Seja para não esquecer, para lembrar ou para organizar. A necessidade da lista se faz presente por entendermos que nossa memória é tão curta que,sem anotar, tudo vai se perder dentro da nossa mente atribulada e massacrada pelo dia a dia. Sendo então tão necessárias , temos listas conhecidas do nosso cotidiano: a lista de compras, de material escolar, de casamento, de chá de bebê, de músicas, de prioridades, de tarefas e outras tantas. Os mais fanáticos tem até listas do tipo: projetos de longo e curto prazo.
Nossa vida hoje é facilitada pelo smartphone e computador. Eles nos ajudam a organizar nossos afazeres e prazeres. Os mais conservadores, preferem mesmo o papel e caneta. Não importa. O negócio é listar.
Dizem que a única coisa que Da Vinci, Madonna e Thomas Edison possuem é a paixão por listas.
Listas também inspiram diversas obras: Temos o filme A Lista de Schindler, a canção A Lista de Oswaldo Montenegro e ainda o livro A Lista da Sorte.
Mas dentre todas essas eu conheci uma lista que me chamou bastante atenção por sua peculiaridade: a lista do que fazer quando estiver perto do namorado. Tive oportunidade de ler essa lista e achei coisas bastante interessantes. Estavam listadas desde coisas impublicáveis (obviamente em se tratando de namorados) até coisas do tipo: dar um beijo nele quando começarem as discussões por causa de política.
O ser amado provoca em nós inúmeras sensações e achei bastante sábio acabar com uma briga antes mesmo de começá-la. Fiquei pensando se existe forma mais maravilhosa de acalmar as coisas do que dando um beijo. Afinal, na minha humilde opinião, beijar é infinitamente melhor do que brigar. Desse ato, até uma nova lista pode aparecer: lista dos beijos que se deu para acabar com as brigas, juntamente com a data e o assunto que iriam brigar.
Essa lista vai servir para quando estiverem sentadinhos lado a lado na idade avançada, ainda de mãos dadas , começarem a sorrir um para o outro e dizer:
  • Olha só como a gente era bobo!


O Amor Não Vê as Horas.

 


O Amor Não Vê as Horas.

Em 1991, havia um pesado telefone verde na minha casa. Era um daqueles antigos telefones com fio. Que possuía um disco para fazer a discagem do número e realizar a chamada. Naquele tempo, a operadora de telefonia ainda era a estatal Telerj. A conta telefônica era cobrada por pulsos. Tanto tempo de telefonema correspondia a um pulso. Um pulso correspondoa a um determinado valor em dinheiro. A quantidade de pulsos utilizados no mês indicava o total da conta. A companhia telefônica concedia um benefício a quem ligasse após às 23hs. Após esse horário, poderíamos falar o tempo que quiséssemos que contaria apenas 1 pulso. Pessoas que possuíam família em lugares distantes e os namorados usavam este horário para não pagarem uma pequena fortuna à Telerj.

Em 1991, me apaixonei pela minha colega de turma. Eu passava a manhã interia conversando com ela na faculdade e ainda passeávamos à tarde para não sentir saudade.

Em 1991, numa daquelas noites de verão, após passarmos o dia juntos, decidi fazer uma ligação para ela. E não é que descobrimos que ainda tínhamos muito assunto para falar! Conversamos sobre as aulas, os passeios, sobre os colegas, sobre nós e muitas outras coisas. O importante não era o conteúdo. O importante era não deixar acabar o telefonema. Os apaixonados precisam estar perto, nem que seja pela voz. Falamos tanto, que o dia seguinte começou a raiar e ainda estávamos longe de terminar o assunto. O horário de se dirigir para a faculdade findou a ligação.

Em 1991, construí um conceito particular de amor:

"Amar é passar a noite ao telefone com ela e nem perceber o tempo passar".

Em 1991, não continuamos juntos. A vida nos levou por caminhos diferentes. Nos avistamos uma vez ou outra na faculdade. Um breve reencontro após a formatura. Depois disso, nos perdemos de vista.

Em 2021, não tenho mais o pesado telefone verde. Ainda tenho uma linha fixa, mas o aparelho é sem fio e fica carregando numa base. Tenho, também, o smartphone. Além disso, o notebook e várias redes sociais (twitter, facebook, youtbe, blog, etc...).

Em 2021, reencontrei a minha paixão da faculdade. Na verdade, foi ela quem me encontrou. Eu havia feito um comentário na página de facebook de uma antiga colega da faculdade. Ela viu o comentário e me enviou uma mensagem pedindo que a aceitasse como amiga na rede. Eu aceitei!

Em 2021, numa noite, pouco após aceitar o convite dela, estávamos ambos online e começamos a conversar por mensagem de texto. Relembramos os tempos de faculdade, nosso namoro, os colegas, as aulas do curso e, quando a conversa parecia ter seu fim, saltava um novo tema para não deixar acabar. Quando olhamos pela janela, o dia seguinte começava a raiar.

Em 2021, atualizei o meu conceito sobre o amor:

"Amar é passar a noite teclando com ela e nem perceber o tempo passar".

Sob o Sol de Colatina.

 


Sob o Sol de Colatina.

Ela andava com passos firmes pelas ruas do centro de Colatina. Ela havia feito uma lista de tarefas para cumprir naquela tarde. Ela ia ao banco, ao cartório, ao mercado e tudo mais que pudesse resolver no centro da cidade. Nesta época do ano, o calor no calçadão daquela cidade capixaba é semelhante ao do calçadão do bairro carioca de Bangu. Ela é uma bonita ruiva de 1,70 de altura que se destaca na multidão. E ela é dura na queda ! Apesar do sol de rachar, não pegou água ou refrigerantes no bar. Ela comprou salgadinhos e seguiu mordiscando os petiscos.

Ela é bolsonarista raiz. Isso significa que ela não é apenas eleitora do mito, mas que simpatiza com todo o pacote que vem junto. Gosta de "brasil paralelo", de Adrilles Jorge, de Carluxo, de Bananinha, entre outros.

Eu a amo mesmo sendo bolsonarita. O que não significa que já não tenha discutido ferrenhamente com ela. Pergunto como pode, por exemplo, votar num campo político que não tem o menor intuito de investir na cultura e na educação. Pergunto, também, como pode votar num campo político que deseja passar a boiada por cima das matas e florestas. Contudo, ela sempre diz que não e bem assim e que a esquerda seria pior. Apesar da briga política, tudo acaba em beijo. Decidi que não brigo mais com ela por conta da eleição. Agora é no amor !!!

Ela me enviou uma mensagem dizendo que havia um ambulante vendendo toalhas nas ruas centrais de Colatina. E que havia uma toalha do Bolsonaro ao lado de uma toalha do Lula. Então, sugeri que perguntasse ao vendedor qual das toalhas ele vendia mais. Ela chegou e perguntou ao homem:
  • Quanto estão as toalhas?
O ambulante respondeu:
  • 60 reais!
Ela novamente perguntou:
  • E qual das duas você está vendendo mais? A do Lula ou a do Bolsonaro?
O ambulante returcou:
  • A do Lula !!
Neste ponto, o ambulante inverteu a ordem e foi ele quem fez a pergunta:
  • A madame tem cara de ser Bolsonaro !?
Ela confirmou:
  • Sim, eu sou Bolsonaro !
E o cidadão, do alto de sua consciência de classe, declarou em alto e bom som:
  • Eu sou Lula !!!!

Obs: Ela me enviou a foto do ambulante que é esta da postagem!

segunda-feira, 21 de março de 2022

O Namoro na TV e o Beijo de Cinema

 



Causos da Fahupe: O Namoro na TV e o Beijo de Cinema.


Noutro dia estava no youtube e me foi indicado um vídeo do antigo programa "Namoro na TV", apresentado pelo Sílvio Santos. Resolvi clicar e relembrar o programa que quase não assistia na época (anos 80). Eu não gostava desses programas de auditório.

Então, entrou no palco o Osvaldo. Era um sujeito até bem apresentado. Tinha trabalho fixo e automóvel. Isso era importante para as pretendentes saberem que estavam diante de um candidato sério. Depois da apresentação, o Sílvio Santos perguntou a cada uma das participantes se desejavam conhecê-lo e namorar com ele. Todas disseram em uníssono que não tinham interesse. Na semana seguinte, surge de novo o Osvaldo no palco. Agora, ele é que tinha que dizer se queria ou não namorar com cada uma das moças participantes. Ele não quis namorar com nenhuma das presentes e disse que ficaria aguardando as cartas enviadas.

Aí fiquei pensando o porquê das pessoas irem a um programa chamado "namoro na tv" e ninguém estar afim de conhecer ninguem ! Pode ser coisa do tempo. As pessoas nos anos 80 eram bem menos soltas que os jovens atuais. Atualmente ningém pergunta se o outo quer nada e já sai beijando. Naquela época muita gente ainda era travado!

E aí lembrei que eu tb era um tremendo roda presa nessas questões.

Quando iniciei o curso de Biologia (na fahupe) eu encontrei a garota. Reparem que eu não disse que encontrei "uma" garota. Eu disse mesmo "a" garota. Ela era inteligente, linda, simpática, extrovertida, e todas as outras qualidades que uma vista apaixonada pode enxergar. Depois que a conheci, ela passou a ser o principal motivo que me fazia estar lá. Professores, aulas, laboratórios, provas e tudo mais eram meros acessórios.

Só que esbarrei no problema do primeiro beijo. Sonhava com o beijo, mas era uma dificuldade de sair na prática. Fomos passear no Jardim Botânico. Local ideal para um primeiro beijo. Fiquei conversando e conversando e nada. Estava mesmo dando uma de Osvaldo que preferiu esperar as cartas. Até que ela virou e disse que me beijaria se comesse um iogurte que ela trazia na mochila. ela deu a deixa perfeita. Eu abri o frasco quente do sol, comi e fiz uma cara de Jaquin quando o prato do candidato ao master chef está mais para o pé sujo da esquina. Daí ela disse que com aquela cara não valia e o beijo não aconteceu.

Eu era um grande tolo. Aquela era a hora do beijo. Eu queria, creio que ela queria e até o iogurte queria. Eu devia ter comido e feito uma simpática cara de Paolla Carosella ao parabenizar o ragu de ossobuco do concorrente número 2 !!!

O beijo acabou acontecendo. Não naquele dia e nem no Jardim botânico. Aconteceu no cinema. Quando fomos ver Ghost, do outro lado da vida. Também, se não acontecesse no meio de um dos filmes mais românticos de todos os tempos, creio que jamais a teria beijado.

Moral da estória: quando o bau da felicidade bater à sua porta, não fique parado como tonto !!!!

domingo, 3 de janeiro de 2021

Curso Introdução à Evolução Humana.

 Curso de Introdução à Evolução Humana com o paleoantropólogo Walter Neves (USP).


Aula 01 - A Saga da Humanidade. Chipanzés e humanos.


Aula 02 - Chipanzés e humanos 2


Aula 03 - Evolução em Mosaico


Aula 04 - Sahelanthropus tchadensis


Aula 05 - Ardipithecus ramidus


Aula 06 - Australophitecus afarensis  ( a espécie da Luci )


Aula 07 - Homo habilis


Aula 08 - Homo erectus


Aula 09 - Homo heidelbergensis


Aula 10 - Homo neanderthalensis


Aula 11 - Homo sapiens sapiens


Aula 12 - Observações finais.


---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Adicionais:

Palestra de Walter Neves para o grupo GEENITI

Parte 1



Parte 2



sábado, 13 de junho de 2020

Filmes, Séries, Documentários e outros programas.


A História do Mundo em Duas Horas.

A Missão.  com Robert de Niro.

Efeito Casimiro

Panteras Negras

Nosferatu

Cosmos (Carl Sagan)

Paulo Freire Contemporâneo

A Representação do Negro na TV Brasileira

Heleno, O Príncipe Maldito

A Vida de Brian (Monty Phyton)

Tenório Cavalcanti: O Homem da Capa Preta.

O Incrível Exército Brancaleone

A Mesquita Azul - Istambul

Museu de História de Berlin

A Guerra do Fogo.

Freud Além da Alma.

O Sétimo Selo.  Ingmar Bergman

Museu Arqueológico de Nápolis.

O Gabinete do Dr. Caligari.

História do Futebol Brasileiro.  William Martins.

M, O Vampiro de Dusseldorf.

A Onda 

A Estrada 47

Pompeia - turismo

Músicas de Revolução

A Morte Pede Carona
https://www.facebook.com/groups/502213759845940/wp/260027868767982/?entry_source=PERMALINK&ext=1592366956&hash=AeSogqjpGw_wuO3q

O Alienista
https://www.facebook.com/groups/502213759845940/wp/2575738926011172/?entry_source=PERMALINK&ext=1592367270&hash=AeS0kSMWZYdUhhaj

O Julgamento de Deus
https://www.facebook.com/groups/502213759845940/wp/1136148663407824/?entry_source=PERMALINK&ext=1592442675&hash=AeSUeMcFm8G9Qcc8

Darwin matou Deus?  Documentário BBB
https://www.facebook.com/groups/502213759845940/wp/1169480170060400/?entry_source=PERMALINK&ext=1592442616&hash=AeQVPT8lu2KGT_o4

Cinema Novo.  (Eryk Rocha)
https://www.facebook.com/groups/502213759845940/wp/262009628363629/?av=100003811608881

Elena (filme de Petra Costa)
https://www.facebook.com/groups/502213759845940/wp/3512823472061789/?entry_source=PERMALINK&ext=1592529757&hash=AeSQavoal70iqrA5

sexta-feira, 15 de maio de 2020

História da Revolução Chilena de Salvador Allende



A Revolução Chilena do período de Salvador Allende no Chile em resumos postados no grupo de história do facebook.  A obra de referência para o resumo foi "A Revolução Chilena" de autoria de Peter Winn, editado pela Unesp.

Passando pela resistência dos índios mapuches contra a tomada de suas terras, a construção da esquerda chilena, a vitória de Allende, o golpe liderado por Augusto Pinochet e a transição democrática.

Os resumos podem ser acessados em ordem cronológica pelo link abaixo: