O esporte foi um dos elementos bem utilizados para alavancar a integração e formação de identidade nacional no Brasil. Notadamente o futebol, como principal esporte praticado em solo pátrio, se transformou no momento mágico em que todos se unem para cantar o hino da seleção e dizer que é brasileiro "com muito orgulho".
Enquanto nações como os EUA utilizaram e ainda utilizam os conflitos bélicos para costurar a integração e sentido de identidade e soberania de seus cidadãos, no Brasil foram as épicas batalhas ocorridas dentro dos gramados que vem ajudando a forjar o sentimento de nacionalidade de boa parte da população, principalmente aquela mais carente que pouco retorno tem das autoridades.
Enquanto nações como os EUA utilizaram e ainda utilizam os conflitos bélicos para costurar a integração e sentido de identidade e soberania de seus cidadãos, no Brasil foram as épicas batalhas ocorridas dentro dos gramados que vem ajudando a forjar o sentimento de nacionalidade de boa parte da população, principalmente aquela mais carente que pouco retorno tem das autoridades.
Contudo, as décadas se passaram e o nosso futebol vive um período sem brilho, sem craques, sem clubes realmente grandes, sem dirigentes eficientes, sem técnicos de ponta e, por final, com muito pouca inteligência dentro e fora de campo.
Neste solo árido que se tornou nosso futebol, o que mais motiva os noticiários esportivos deste início de temporada são os destinos que tomarão os jogadores que que formam o espólio que era patrocinado pela Unimed no Fluminense.
Um deles em especial é a joia da coroa cobiçada por muita gente: Dario Conca.
O que significa Dario Conca no futebol brasileiro? Significa a diferença entre um time rebaixado e um time que chegou em quinto lugar, quase conseguindo a vaga na libertadores. Em 2013, sem Conca, que estava na China, o Fluminense foi rebaixado para a segundona e só se manteve por conta da polêmica perda de pontos da Portuguesa e Flamengo. Por outro lado, em 2014 o time continuou o mesmo, somente acrescido de dois reforços: Walter e Conca. Contando que Walter pouco atuou como titular no brasileirão 2014, podemos dizer que quem fez a diferença foi o habilidoso jogador argentino.
O Conca além de habilidoso é inteligente. Sabe dar a melhor solução para cada jogada. Sempre faz um passe objetivo ou um drible com intenção de levar o time para frente.
Mesmo assim, Conca não é nenhum superastro do futebol. Na própria Argentina nunca foi cogitado para participar da formação da seleção principal. Porém, no futebol brasileiro joga o suficiente para tirar um time da 18ª posição em 2013 para a 5ª posição na tábua de classificação em 2014.
E a presença de estrangeiros como principais jogadores e ídolos de nossos times tem sido a tendência. No Internacional, D'Alessandro é o grande articulador do meio-campo. No Botafogo, a o maior ídolo recente aínda é o uruguaio Loco Abreu. No Corínthians foi Tevez. Em um recente Cruzeiro o cérebro era Montillo e por aí vai.
Talvez isso se deva a uma recente geração de craques que não gostava de treinar e se orgulhavam disso, como Romário e outros. Os caras não gostavam de trabalhar mas resolviam dentro de campo e isso fez muito mal ao futebol brasileiro. Hoje temos os Fredis da vida que acham que são sumidades do futebol e podem jogar estáticos durante a partida.
Aliás, o Fred é um investimento que vai morrer na mão do antigo patrocinador do plano de saúde. Alguém vai pagar quase 1 milhão mensal para ter um atacante que não sabe driblar e não ganha na corrida do mais lerdo zagueiro?
Eu, como torcedor do verdadeiro tricolor desde o berço, pois como dizia Nelson Rodrigues os outros são apenas times de três cores, torço para que o Conca continue brindando as laranjeiras com sua habilidade e visão de jogo. E o argumento da antiga patrocinadora de que não é justo pagar o salário do jogador até o final do contrato sem ter sua marca estampada na camisa do clube não procede. Se fizer uma auditoria séria, ficará comprovado que os dividendos do patrocínio de 15 anos da antiga patrocinadora ainda dará lucro por muito tempo. Por um largo período, qualquer busca com o nome do clube na internet ainda trará imagens com a antiga camisa, boa parte da torcida ainda exibirá nas ruas a antiga camisa, ainda hoje as lojas estão vendendo a camisa antiga. Isso na ponta do lápis ainda renderá frutos ao antigo patrocinador para lá do contrato que ele tem com os atuais jogadores.
Por fim, pelo bem do futebol brasileiro devemos fazer coro com o que muitos estão dizendo:
Ou muda a mentalidade de nossos jogadores, técnicos e dirigentes ou o futebol brasileiro acaba.