E a grande imprensa conservadora desembarcou de vez na campanha
anti-Crivella. Há uma escalada visível de matérias de capa contra o
candidato da universal. Uma das consequências do golpe parlamentar é a briga de
diversos seguimentos da direita conservadora pelo poder. E um setor
dessa direita conservadora que não agrada nem um pouco aos outros
conservadores da globo e veja é o das igrejas neopentecostais. Nas
décadas de 80 e 90 a globo esteve em "guerra" contra a Universal. Mas, ao
contrário do que pretendia, a igreja do
Edir Macedo continuou crescendo cada vez mais. No meio evangélico até
produziram a frase "que a universal era igual a massa de bolo, quanto
mais batem mais cresce". Agora, no vácuo de poder gerado pelo golpismo
contra as esquerdas, pode ascender ao controle das instituições uma ala
conservadora que é, em tese, hostil à Globo. Eles têm a sua própria
televisão e com o poder político crescente poderão, em breve, tornar a
globo um grupo de comunicação de quinta categoria.
O grande perigo nisso tudo é o PSOL acreditar que a Globo é sua aliada
por supostamente apoiar o seu projeto ou a sua "ficha limpa". A globo e a
Veja não são Freixo. Eles são anti-crivella. Entendem que depois tirar o
Freixo e o PSOL é muito mais fácil que os candidatos da Universal. Vide
o que fizeram no plano federal com Dilma. Na primeira eleição de Lula,
em 2002, a grande imprensa conservadora tb se demonstrou pró partido dos
trabalhadores. Naquela época, as crises econômica e social estavam se
agravando rapidamente. A situação nas cidades, com as grandes greves
gerais dos sindicatos, e no campo, com as cada vez maiores marchas do
mst colocavam o Establishment em perigo. Era preciso um governo de
"coalizão" para que os ânimos se acalmassem e a "paz" voltasse aos
setores hegemônicos tradicionais. Isso foi conseguido com a "carta aos
brasileiros" publicada pelo Lula. Após a primeira eleição de Lula, os
setores conservadores da grande imprensa passaram a um ataque feroz
contra o PT no governo federal. Apesar disso, o partido teve força para
vencer mais 3 eleições seguidas. Quando a estratégia da imprensa mudou, ao revés de derrubar nas urnas se aliou ao grande golpe parlamentar, transformando
as pedaladas em grande crime na mentalidade dos brasileiros.
O senador Roberto Requião conta que logo após a eleição de Lula, em 2002, ele teria alertado ao novo governo sobre a importância de se investir numa sólida rede de telecomunicações para defender as políticas sociais do governo. Ao que teria sido retrucado pelo então ministro José Dirceu: "Não precisamos, nós temos a Globo".
O senador Roberto Requião conta que logo após a eleição de Lula, em 2002, ele teria alertado ao novo governo sobre a importância de se investir numa sólida rede de telecomunicações para defender as políticas sociais do governo. Ao que teria sido retrucado pelo então ministro José Dirceu: "Não precisamos, nós temos a Globo".
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