segunda-feira, 31 de março de 2014

História da África: o império Songai.

HISTÓRIA DA ÁFRICA

O Império Songai

(príncipe Sonni Ali)

* Ascensão: na segunda metade do século XV, Sonni Ali derrotou o Império do Mali e dá início à ascensão de Songai.

General e estadista, Sonni Ali expandiu o império, construiu canais de irrigação, formou uma importante flotilha de pirogas que levavam lanceiros e arqueiros pelo rio Níger, dentre outras realizações;

Sonni Ali manteve-se fiel às práticas religiosas politeístas típicas da população sudanesa e, por isso, recebeu a oposição dos letrados muçulmanos do império nascente. Sonni Ali morreu em 1492.

* Dinastia Áskia: fundada por Mohammed após a morte de Sonni Ali. Mohammed foi general de Sonni Ali, mas aliou-se aos muçulmanos e viajou a Meca, tendo conseguido o título de Califa do Sudão Ocidental.

Mohammed dividiu o império de Goa em vice-reinos, organizou um sistema regular de arrecadação de impostos, unificou pesos e medidas, explorou as salinas de Teghazza, fortaleceu a flotilha do Níger e formou um exército regular primeira vez no Sudão Ocidental.

Parte do sucesso de Songai foi o aproveitamento da estrutura administrativa que já existia ao tempo do predomínio do Mali, aprimorando-a e adapatando-a ao Estado Muçulmano.

O apogeu do Império Songai ocorre no reinado de Áskia Dawud (1549-1583), quando prosperou do ponto de vista econômico e intelectual.

A cidade de Tombuctu se destacava no plano intelectual devido ao renome dos sábios que ensinavam nas chamadas escolas corânicas. Para lá se dirigiram teólogos, matemáticos, astrônomos, literatos e poetas originários do Sudão, do Marrocos e do Egito.

A riqueza do império era fundada no pagamento de tributos por parte das populações camponesas, aldeãs e artesãs, bem como do comércio transaariano.

Havia uma divisão de classes sociais. Nas cidades influentes havia uma elite de mercadores e letrados muçulmanos, enquanto a população de camponeses, pescadores e pastores se mantinha nas áreas rurais e ligada aos costumes ancestrais.

* Desagregação do império: a derrota para os marroquinos na batalha de Tondibi, em 1591. Além da chegada dos europeus e as transformações sobre o comércio transaariano advindos do estabelecimentos do tráfico transatlântico de escravos.




sábado, 29 de março de 2014

História da África: pré-história africana

HISTORIA DA ÁFRICA

- Pré-história africana -





A pré-história africana está diretamente relacionada ao berço da humanidade.

Quanto à geografia, o continente africano apresenta 2 desertos (Saara e Kalahari), vegetação que varia entre floresta equatorial, tropical e a savana e importantes bacias hidrográficas, como o Nilo e o Níger.

Note-se que a África foi o primeiro continente a se formar a partir do desprendimento da Pangeia (o supercontinente primordial), constituindo a formação geológica mais antiga do planeta.

Por isso, a terra africana, em seus diversos ecossistemas, foi o cenário ideal para a evolução das primeiras espécies.

Destarte, nas paisagens africanas que ocorre o processo de hominização (processo de surgimento da espécie humana), sendo o berço de nossa espécie.

Um dos principais registros arqueológicos sobre o surgimento do homem  trata-se de um conjunto de pegadas de australopitecos, datado em 3,7 milhões de anos, localizado na Tanzânia.

O principal fóssil que temos de australopiteco foi achado na Etiópia, datado em 3 milhões de anos, apelidado por Lucy.

Também na África é achado o homo habilis, outra espécie do gênero homo.




No período paleolítico o ser humano desenvolve suas primeiras tecnologias, como os objetos em pedra lascada, uma cultura e tradição social. Neste período várias rotas migratórias cortam a África com a circulação de caçadores e coletores.

Devemos salientar que os representantes do homem de Cro-Magnon possuíam características negroides.

Na região do Mali foi encontrado o homo sapiens que se aproxima do africano atual.

Durante o mesolítico são inventados a lança e o arco-e-flecha como armas.

No neolítico há o desenvolvimento de uma economia baseada na agricultura e na pecuária.

A invenção da cerâmica ocorre por volta de 9.300 a.C. no Saara Central e em 3.330 a.C. a metalurgia do cobre já acontecia na região da atual Tunísia.

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sexta-feira, 28 de março de 2014

História da África: A Expansão Banta.

HISTÓRIA DA ÁFRICA

- A Expansão Banta -



Banto é o nome dado ao conjunto de idiomas e povos aparentados que cobrem uma superfície de nove milhões de quilômetros quadrados e 200 milhões de pessoas (descendentes).

Os ancestrais dos povos bantos (protobantos) conheciam a agricultura e criavam animais, mas viviam em grande parte da pesca, da coleta e da caça.

O papel dos rios: os rios africanos tornaram-se rotas fundamentais de migração.

Ferro: o uso do ferro, provavelmente, começou a se disseminar entre os povos bantos por volta de 500a.C.

A introdução da bananeira contribuiu para facilitar a interiorização dos povos bantos no continente africano. O coqueiro também tornou a vida menos dura no litoral.

A expansão banta se deu menos por conquistas militares e mais pela atração que seu modo de vida exercia sobre outros povos, produzindo-se trocas e alianças entre eles. Desta forma, esta expansão não se explica pela capacidade militar, mas pelas tecnologias de melhor alimentação, caça, agricultura etc...




terça-feira, 25 de março de 2014

História da África: o império de Mali.

HISTÓRIA DA ÁFRICA

- O Império do Mali -






* Sundiata Keita (governante de 1230 a 1255): constituiu o "império" do Mali por volta de 1235, a partir da vitória sobre os Sossos na batalha de Kirina, iniciando sua consolidação e expansão.

* Bases econômicas: tal como em Ghana, sua economia sustentava-se na tributação sobre as comunidades aldeãs e sobre o comércio transaariano (ouro, sal, ...).

Expansão geográfica e importância comercial superior à Ghana: além do comércio com o sul do Marrocos (também realizado por Ghana), Mali estabeleceu laços comerciais estreitos com a Tripolitânia (Líbia) e o Egito, levando ao florescimento das cidades comerciais: Djenne e Tombucto.

* Kanku Mussa (governante de 1307 a 1332): sua peregrinação à Meca por volta de 1325 tornou-se lendária e contribuiu para estreitar ainda mais os laçõs entre o Sudão Ocidental e o mundo islamizado.

*Aparelho administrativo: Mali recebia tributos de aldeias livres (espécie de dízimo), de populações diretamente submetidas (servidão) e da tributação sobre o comércio transaariano.

* Declínio: o Mali entra em decadência a partir do início do século XV, sob a contínua pressão do império Gaô. Ocorre a derrota para Songai na segunda metade do mesmo século.


segunda-feira, 17 de março de 2014

PENSAMENTO CONTEMPORÂNEO: O Liberalismo Político.

PENSAMENTO CONTEMPORÂNEO

- O Liberalismo Político -





Entre as diversas doutrinas liberais, percebe-se uma dupla preocupação essencial: o indivíduo deve ser protegido, ao mesmo tempo, contra o Estado e contra as massas.

- Benjamim Constant (1767 a 1830)




O indivíduo tomado como princípio primeiro: questão da liberdade como triunfo da individualidade.

Necessidade em limitar a autoridade do Estado:
* Nenhuma autoridade sobre a terra é ilimitada.
* Os cidadãos possuem direitos individuais independentes de qualquer autoridade social ou política. E toda autoridade que viola esses direitos  torna-se ilegítima.

Para Constant, o melhor seria o sistema representativo, com separação de poderes, mas sem sufrágio universal.

- Alexis de Tocqueville (1805 a 1859)




Tocqueville diferencia-se de outros liberais por considerar como inelutável e irreversível o próprio fato democrático.

Ao estudar os EUA, Tocqueville aponta como algumas de suas vantagens a igualdade de condições e a existência de uma Constituição Federal, que permite os méritos das grandes e pequenas nações. Insiste, também, nas consequências positivas de uma liberdade de associação ilimitada, tanto política como civil.

Em síntese, Tocqueville defende a necessidade de um Poder Judiciário forte e independente. De se estimular a constituição de associações diversas e, ainda, de buscar todos os meios para obter uma centralização eficaz.


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História da África: Os almorávidas

HISTÓRIA DA ÁFRICA

- OS ALMORÁVIDAS -






Almorávidas: seguidores do letrado e pregador ortodoxo Ibn Yacine, que lhes deu este nome após ter supostamente convertido mil seguidores e de seus dois discípulos: Yaya Ibn Omar e seu irmão Abu Bakr.

A partir de 1042 os almorávidas lançam-se em jihad contra os Berberes Lemtunas e Djoddal. Táticas militares, como o uso de fileiras de arqueiros, contribuíram para o sucesso de suas conquistas.

A derrota de Ghana e a queda de Kumbi Saleh: tomada e saqueada por Abu Bakr em 1077. Realizam-se conversões forçadas e o Tunka (rei) Menin só consegue conservar seu trono após o pagamento de um pesado tributo.

Yussuf, primo de Abu Bakr, invadiu o sul da Espanha para deter a reconquista espanhola lançada por Afonso VI a partir de 1082. Sua vitória garantiu ampla presença muçulmana na região.

Início do século XII: o Império Almorávida tornou-se euro-africano - da Espanha Às circuvizinhanças do Senegal  - "Império das duas margens".

O poder almorávida torna-se opressor. O império foi derrotado pelos Almoádas em meados dos éculo XII.

Os Almoádas, por sua vez, foram derrotados em 1272 e o Magreb foi, então, politicamente dividido.




( a maior extensão do Império Almorávida)