Duas disciplinas que dialogam intimamente: história e filosofia. Se deseja entender profundamente a história estude filosofia, se quer aprofundar a filosofia estude a história.
No século XIX, Hegel já evidenciava a importância das ideias para a construção da história. Entendia o processo histórico como resultado da contradição dialética. Tese, antítese e síntese funcionariam como motor da história. Nestes termos, a tese consiste numa ideia que afirma algo, a antítese sua negação e a síntese como superação da contradição entre as duas.
Por outro lado, na concepção de Marx, há a inversão da teoria hegeliana. Contrapõe ao idealismo de seu antecessor uma concepção materialista da história. A luta de classes é colocada como motor da história. As condições materiais de uma sociedade, definidas na sua infraestrutura e superestrutura, indicarão o devir do processo histórico. Neste entendimento, a conjuntura material é responsável pelo surgimento das novas correntes ideológicas.
Parece-nos que ambos acertaram em suas predições. Tanto a conjuntura material de um dado momento histórico tem influência sobre a produção de novas correntes de pensamento; como, também, as novas correntes filosóficas vão impactar e interferir no processo histórico em curso.
Por exemplo, sabe-se da importância de dois sistemas ideológicos na formação do Ocidente. Tanto a religião judaica quanto o pensamento grego estão na gênese da atual civilização ocidental. Contudo, o fato da expansão romana que colocou sob sua administração os dois povos e seus sistemas culturais, foi imprescindível para que ocorresse o diálogo entre as duas correntes e sua harmonização no nascente cristianismo.
Desta forma, é de se criticar que nos cursos de história, já combalidos pela sua redução a três anos, haja apenas um período do estudo de filosofia. Deveria haver uma disciplina de filosofia que acompanhasse todo o curso, da filosofia I à filosofia VI. Da mesma forma, no curso de filosofia uma atenção especial quanto aos processos históricos.
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