Um tema que nos chama atenção é o uso de novas mídias gratuitas ou de baixo custo como veículo para o debate científico e disseminação do conhecimento. Os agentes detentores do conhecimento acadêmico estão ou não aproveitando este período de abertura de mídias (blogs, youtube, sites) para democratizar o acesso a estes conteúdos.
A pouco tempo vimos nascer e tomar vulto o fenômeno dos vloggers, que são produtores de vídeos pessoais na internet. Geralmente, garotos ou adolescentes que usam uma câmera como diário ou para falar de diversos temas como filmes e músicas que fazem sucesso. Sendo que conseguem amealhar grande público com numerosas visualizações.
Por outro lado, não vemos esses espaços sendo muito utilizados pelo meio acadêmico, seja por renomados mestres e doutores ou mesmo por graduandos que estão em curso de sua faculdade. E os motivos para esta ausência ainda não é bem identificada.
Talvez pelo fato de uma proposta de levar temas acadêmicos não atraia tanta atenção de público. Não se tenha motivação ao falar para poucos ouvintes. A linguagem do conhecimento acadêmico ainda não conseguiu estabelecer um formato interessante de diálogo para o público em geral. Ainda que seja difícil compreender como a estória, por exemplo, do senhor dos anéis possa ser mais interessante do que da revolução francesa.
Neste sentido, ainda podemos elencar que os profissionais mais titulados não possuiriam tempo, estando muito ocupados com seus artigos e orientações. Os professores ocupados com a correria entre escolas e alunos. Sem contar, que há o discurso no meio acadêmico que o conhecimento é a ferramenta profissional do formado, não devendo ser distribuído gratuitamente, mas mediante o respectivo salário. Contudo, devemos salientar que não adianta muito guardar a sete chaves o produto quando vem sendo desvalorizado pela sociedade. Talvez, ao contrário, se houvesse maior motivação quanto ao conhecimento mais valor agregaria.
Não que haja ausência de tentativas de utilização das novas mídias. Existem muitos sítios com material didático. Alguns que consideramos excelentes outros duvidosos No entanto,. ainda é muito tímida esta utilização em nosso entender.
Deparei-me, por exemplo, com uma página no facebook e um blog que seriam de um acadêmico de uma das cadeiras de humanas e professor titular numa renomada universidade pública. O sujeito postava seus artigos no blog e divulgava pelo facebook, mas era de uma inóspita reatividade a qualquer pessoa que tentasse estabelecer um diálogo crítico em relação ao exposto. O citado profissional atirava um leque de adjetivações pejorativas a qualquer um que tentasse debater e criticar o texto. Sinceramente, este é o tipo de espaço que em nada enaltece o conhecimento, apenas serve ao ego do detentor da página. Aliás, vejo intelectualidade e arrogância como valores inversamente proporcionais. Todo sujeito arrogante que posa de intelectual não passa de uma falsificação, apesar dos títulos que a academia tenha conferido ao mesmo.
Por outro lado, quero enaltecer o trabalho feito por uma historiadora no youtube, no canal "cantinho da história", onde discorre sobre diversas temáticas do campo historiográfico e faz um intercâmbio com os ouvintes através de uma página no facebook com o mesmo nome. Vale a pena conferir o canal "Cantinho da História" no youtube.
Se você, leitor, conhece algum canal interessante de divulgação do conhecimento acadêmico, deixe o endereço nos comentários.
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