O filme "Meu Amigo Nietszche" é um curta metragem, de Fáuston da Silva, rodado em Brasília e que foi vencedor do 11º Festival de Cinema de Taquatinga.
O enredo mostra o cotidiano escolar de um garoto da periferia. Notas baixas e pouco estímulo ao estudo. Por pressão da professora e da mãe passa a ler tudo que encontra, pois segundo recomendação da professora precisa melhorar sua leitura para aumentar o rendimento em todas as matérias.
É neste momento que ocorre a grande virada na estória, ao encontrar um volume no lixão, próximo de sua casa, de "Assim Falava Zaratustra", do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Ao se impor a leitura do livro, não só melhora suas notas na escola, mas começa a formar pensamento crítico e criar uma consciência emancipatória.
Neste momento, em que reproduz uma postura consciente libertária, passa a ser condenado e desestimulado em casa e, principalmente, na escola, a continuar o estudo do livro de filosofia.
O filme é cheio de simbologias.
O garoto usa a camisa da seleção brasileira, deixando de ter uma representação singular, mas todo o contingente de crianças brasileiras das classes populares.
Ele consegue melhor orientação com um homem catador de papel nas ruas do que dentro da própria instituição oficial de ensino, a escola.
E, principalmente, mostra que o sistema deseja que o indivíduo aprenda o bastante para ser um bom empregado ou funcionário. Contudo, não deve passar do senso comum em seus estudos. Formar uma mente emancipada não é desejado, mas combatido.
É um filme que deveria ser passado nas escolas e faculdades para fomentar debates.
Veja o filme no link abaixo:
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