Os personagens da realeza lusitana, em diversas épocas, apresentaram uma interessante reedição de paixões proibidas envolvendo príncipes com o nome Pedro e mulheres de sobrenome Castro. No Brasil, é famosa a história do envolvimento amoroso entre D. Pedro I, filho de D. João VI, da dinastia dos Braganças, com Domitila de Castro, conhecida como Marquesa de Santos.
Ocorre que em Portugal, no século XIV, um outro D. Pedro I, filho do Rei Afonso IV, da dinastia dos Borgonhas, teve um intenso relacionamento extraconjugal com a galega Dona Inês de Castro.
Durante o tempo das dinastias reais, os casamentos entre parentes de dinastias europeias eram arranjados para favorecer alianças políticas. Daí que as partes não podiam levar em conta seus desejos afetivos. Sendo um dos poucos fardos da nobreza. O rei casava com uma escolhida de acordo com as injunções políticas e deveria ter herdeiros para garantir a linha sucessória, caso a esposa não conseguisse ter filhos poderia repudia-la e formar novo enlace.
D.Pedro I, filho do El Rei Afonso IV, nascido em 08 de abril de 1320, teve seu casamento acertado precocemente com Dona Branca, de Castela, quando ela completasse os 14 anos de idade. Contudo, por Branca se demonstrar com grande debilidade física e, há quem diga, mental ( o que não era raro entre membros da realeza por conta dos casamentos entre primos), teria sido repudiada por Pedro I.
Em 1340 novo casamento foi acertado para o príncipe com outra princesa de Castela, agora com Dona Constança.
Um grande cortejo foi programado para a chegada de Dona Constança, que entrou na corte rodeada de parentes, criados, pajens e aias. Foi quando D. Pedro I viu pela primeira vez Dona Inês de Castro que era uma das damas de companhia da princesa (aias) e, segundo os biógrafos, se apaixonou de imediato.
Pedro casou-se com Dona Constança com quem teve três filhos. Porém, começou um relacionamento extraconjugal com Dona Inês, que passou a ser tema de fofocas entre os membros da corte. O romance passou a ser mal visto pelo povo, pela corte e pelo rei Afonso IV.
O rei e a rainha tomaram como medida trancar Inês no Convento de Santa Clara, em Coimbra. No entanto, isto não afastou os amantes que se comunicavam através dos muros e por correspondência levada por um barquinho de madeira que navegava um riacho que atravessava o terreno do Convento.
Posteriormente, os reis enviaram Dona Inês para o Exílio na fronteira com Castela.
Com a morte de Dona Constança, em 1345, D. Pedro conseguiu trazer Dona Inês do exílio a que foi imposta. Os dois passaram a viver juntos contrariando os reis e as cortes. Juntos tiveram quatro filhos.
Além de tudo, um problema político se instalava. Uma vez que o filho de Pedro com Constança era o sucessor legítimo ao trono, o rei Afonso IV ficou temeroso que os filhos de Inês pudessem matá-lo para herdar o trono. Da mesma forma, os filhos bastardos poderiam levar D. Pedro I a requerer a coroa de Castela e abrir nova guerra com o reino vizinho.
Em meio a todo este caldo o rei Afonso IV tomou uma solução drástica. Aproveitando uma ausência de D. Pedro, mandou assassinar Inês de Castro que foi apunhalada por três fidalgos ao passear pela Quinta das Lágrimas (nome que posteriormente ao assassinato ficou conhecido o Pavilhão de Caça onde Inês se encontrava sediada a época).
Pedro casou-se com Dona Constança com quem teve três filhos. Porém, começou um relacionamento extraconjugal com Dona Inês, que passou a ser tema de fofocas entre os membros da corte. O romance passou a ser mal visto pelo povo, pela corte e pelo rei Afonso IV.
O rei e a rainha tomaram como medida trancar Inês no Convento de Santa Clara, em Coimbra. No entanto, isto não afastou os amantes que se comunicavam através dos muros e por correspondência levada por um barquinho de madeira que navegava um riacho que atravessava o terreno do Convento.
Posteriormente, os reis enviaram Dona Inês para o Exílio na fronteira com Castela.
Com a morte de Dona Constança, em 1345, D. Pedro conseguiu trazer Dona Inês do exílio a que foi imposta. Os dois passaram a viver juntos contrariando os reis e as cortes. Juntos tiveram quatro filhos.
Além de tudo, um problema político se instalava. Uma vez que o filho de Pedro com Constança era o sucessor legítimo ao trono, o rei Afonso IV ficou temeroso que os filhos de Inês pudessem matá-lo para herdar o trono. Da mesma forma, os filhos bastardos poderiam levar D. Pedro I a requerer a coroa de Castela e abrir nova guerra com o reino vizinho.
Em meio a todo este caldo o rei Afonso IV tomou uma solução drástica. Aproveitando uma ausência de D. Pedro, mandou assassinar Inês de Castro que foi apunhalada por três fidalgos ao passear pela Quinta das Lágrimas (nome que posteriormente ao assassinato ficou conhecido o Pavilhão de Caça onde Inês se encontrava sediada a época).
Esta atitude acabou em uma quase guerra entre pai e filho que teve de ser intermediada pela rainha Dona Beatriz.
Após a morte de D. Afonso, em 1357, D. Pedro torna-se o rei D. Pedro I de Portugal e imediatamente ordenou que se achasse e matasse os assassinos de sua amada.
Como castigo para a nobreza que contribuiui para o desfecho com suas intrigas, D. Pedro I mandou que desenterrasse o corpo de Inês e a coroou rainha, obrigando que todos os nobres presentes beijassem a mão da rainha-cadáver.
Posteriormente, ordenou que fossem construídos dois túmulos, uma para ela e outro para ele ocuparem quando de suas mortes, que constituem duas obras-primas da escultura gótica, situados no Mosteiro de Alcobaça. Cada túmulo está voltado para o outro, para que os dois, quando acordarem no juízo final possam ter o outro como a primeira coisa para ser vista. E desta forma, o amor de ambos resistiria à morte.
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