"Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva
em importância e gravidade ao da educação. Nem mesmo os de caráter
econômico lhe podem disputar a primazia nos planos de reconstrução
nacional. Pois, se a evolução orgânica do sistema cultural de um país
depende de suas condições econômicas, é impossível desenvolver as forças
econômicas ou de produção, sem o preparo intensivo das forças culturais
e o desenvolvimento das aptidões à invenção e à iniciativa que são os
fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade."
Assim iniciava o Manifesto dos Pioneiros da Educação ocorrido no Brasil em 1932.
O manifesto dos pioneiros da escola nova foi um movimento ocorrido na esteira dos acontecimentos da revolução de 30. Quando vários intelectuais brasileiros se uniram para redigir o documento que pretendia realizar uma revolução não política, mas cultural.
Grandes nomes como Roquete Pinto, Cecília Meirelles e Anísio Teixeira participaram e foram signatários deste documento que trazia em linhas gerais a proposta de uma escola de qualidade, gratuita, universal, laica e obrigatória a ser fornecida pelo Estado. Tais diretrizes sofriam forte oposição da Igreja Católica que na época quase que monopolizava o ensino particular no país.
Tantos anos se passaram e este documento ainda se mantém atualíssimo para a análise do contexto educacional de nossos dias. A igreja não é mais a única a explorar a educação privada, algumas famílias se apoderaram de uma fatia desse mercado sendo chamados de "tubarões do ensino" e agora instituições estrangeiras tentam abocanhar outra fatia no ensino médio e superior.
Contudo, o acesso ao ensino de qualidade continua algo limitado às elites. A escola pública continua desorganizada, com pouco investimento no âmbito físico e péssimo inivestimento humano na figura do professor.
Se quisermos que o país venha a ser realmente de primeiro mundo somente o será pelo caminho da revolução cultural e educacional. Só fatores econômicos não dão sustentabilidade para uma nação desenvolvida.
Neste sentido, que se faz necessário um grande clamor nacional em prol da educação. E uma das formas de luta é pressionar o congresso para que aprove a alocação de 10% do PIB para o desenvolvimento de políticas de educação.
Divulguemos essa luta pela internet nas redes sociais !!!
Abaixo o texto integral do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932:
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf
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